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Uma visão geral do Kobudō de Okinawa

DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO (DO OKINAWA KOBUDŌ) 

O estudo de antigas armas de artes marciais e suas técnicas relacionadas, ao longo dos séculos resultou no desenvolvimento de uma variedade de escolas e sistemas. Esses sistemas podem ser divididos em dois grupos básicos puramente para fins combativos Bugei – artes marciais – e Budō – vias marciais. A forma Budō foi desenvolvida a partir das formas Bugei e Bujutsu. Os habitantes de Okinawa chamam essas formas de “Kobudō”, ou antigas vias marciais. 

Cerca de 400 anos atrás, o Japão começou a afirmar o controle da ilha de Okinawa. Um dos decretos forçou o povo de Okinawa a entregar suas armas aos japoneses […]. Assim, as armas passaram a significar “implementos agrícolas”, cujos guerreiros treinavam o uso e a proficiência […]. 

Hoje, grande parte da ilha de Okinawa passou por sua própria revolução industrial, e muitos destas ferramentas agrícolas rústicas foram substituídos por instrumentos mecânicos e elétricos. No entanto, a história dessas armas ainda faz parte da rica tradição das artes marciais de Okinawa onde é um aspecto importante. 

Os praticantes de Kobudō hoje, assim como seus antecessores, aperfeiçoam as técnicas de armas através de kata especificamente projetados para ensinar e aperfeiçoar movimentos direcionais, movimentos de transição, alinhamento corporal, equilíbrio, hamonia e coordenação entre corpo e arma. 

A prática do Kobudō de Okinawa, embora não seja formalmente parte do Karatedō, é quase inseparável deste, do ponto de vista histórico. Os praticantes de Karatedō de Okinawa estão geralmente envolvidos até certo ponto na prática do Kobudō. Embora a maioria seja menos proficiente com algumas armas, poucos usam uma ampla gama de armas, com um alto nível de proficiência. 

A principal diferença entre a prática do Karatedō e do Kobudō é que, historicamente, a prática do Kobudō não foi tão sistematizada quanto o Karatedō. A prática do Kobudō tende a se concentrar em “associações” de Kobudō individualizadas. A existência dessas associações de Kobudō, no entanto, ao longo do tempo tem dado início a uma tendência de sistematização do treinamento, técnicas e kata. Algumas associações de Kobudō que podem ser mencionadas são: a Zen Okinawa Kobudō Renmei de Matayoshi Shinpō, a Ryūkyū Kobudō Hozon Shinkō-kai de Akamine Eichō, a Motobu-ryū Kobujutsu Kyōkai de Uehara Seikichi; e a Ryūkyū Kobudō Hozon Shinkō-kai do Inoue Motokatsu, entre outras. 

Além disso, desde o início dos anos 1970, houve o surgimento de organizações combinadas de Karatedō e Kobudō, que promoveram uma tendência de sistematização do treinamento de Kobudō. Uma das primeiras foi a Okinawa Kenpō Karatedō Kobudō Renmei de Odo Seikichi. No entanto, utras organizações podem ser citadas: a Ryūei-ryū Karatedō Kobudō Hozon-kai de Nakaima Kenkō, a Zen Okinawa Karatedō Kobudō Rengō-kai de Higa Seitokua, a Kokusai Karatedō Kobudō Renmei de Takamine Choboku; a Itosu-ryū Karatedō Kokusai Renmei (Ryūkyū Kobudō Kongō-ryū) de Sakagami Ryūshō, […] International Karate and Kobudō Propagation de Ogura Tsuneyoshi; e All Japan Budō Federation de Suzuki Masafumi. 

ARMAS DO KOBUDŌ DE OKINAWA 

As principais armas tradicionais do Kobudō de Okinawa incluem o […] bō, sai, tonfā, kama, nunchaku, nuntī, nuntī-bō, ēku, tekkō, tinbē, rōchin, kuwa, yari-bō, tanbō, kusari-gama e jō. 

BŌ 

O bō é uma das armas mais populares do Kobudō de Okinawa […]. Chamado formalmente de “Rosshaku-bō”, onde “roku” significa seis, “shaku” é uma unidade de medida de cerca de trinta centímetros de comprimento e “bō” significa bastão. 

Como forma de arte, está intimamente ligada ao Karatedō, adotando os princípios básicos dos chineses, mas desenvolvendo suas próprias características de Okinawa. O primeiro deles é a questão do desenho da arma. O bō de Okinawa é cônico em ambas as extremidades para fornecer um foco mais centralizado para golpear o corpo do oponente.

[…] O bō funciona melhor fora da zona de movimento das armas do oponente e dá ao seu usuário uma grande vantagem sobre uma arma mais curta do oponente. Quando usado de perto […] o bō fornece uma variedade de técnicas de bloqueio e defesa, mas perde parte de sua vantagem de distância. 

O treinamento de bō requer que o praticante faça um estudo aprofundado das empunhaduras, posturas, movimentos e técnicas fundamentais para golpear, bloquear, estocar, empurrar e desarmar. Deve-se notar que para ser capaz de utilizar o bō com máximo de eficácia, o praticante deve ser capaz de usar todo o alcance da arma. 

SAI 

O sai é uma arma curta de metal com desenho exclusivo e uma longa história. Encontrada na Índia, China, Indochina, Malásia e Indonésia, sua presença em Okinawa provavelmente deriva da migração de uma ou mais dessas origens. Desenhos de protótipos podem ser vistos nas armas em forma de tridente desde os tempos antigos. As antigas civilizações indonésias em Sumatra e Java, que tiveram contato com Okinawa, usavam as armas em suas artes de luta. 

O sai é principalmente uma arma defensiva e é eficaz contra um inimigo armado com lâmina […] ou bastão. O comprimento do sai varia, os tamanhos mais populares medem entre 38 e 50 centímetros. Geralmente é feito de ferro ou aço e pesa entre 500 gramas a 1,3 quilogramas. O sai é geralmente usado como cassetete, embora suas formas anteriores derivassem de uma arma com lâmina. O sai pode ser usado para desviar, bloquear ou aparar um ataque de corte ou estocada […].

Os sai geralmente eram carregados, um em cada mão e um no cinto do usuário. O terceiro sai seria um substituto para o caso de um ser lançado ou perdido em combate. As pontas do sai foram projetadas para fornecer ao usuário habilidoso a capacidade de prender e travar a arma do inimigo. Além disso, o praticante experiente geralmente utiliza a capacidade de golpe da arma para atacar as mãos de um oponente armado, inutilizando-o e/ou desarmando-o antes de avançar para as técnicas de finalização. 

TONFĀ

[…] (Um) cabo de madeira normalmente encaixado em um buraco na lateral da mó (de grãos era) […] conhecido como “tonfā ou toifā”, […] (quer era) feito de uma haste cônica de madeira nobre presa a uma empunhadura cilíndrica projetando-se em ângulo reto a partir da haste. 

A alça poderia ser facilmente desmontada da pedra de moinho e colocada em ação. […] Comumente, são usadas duas tonfā, uma em cada mão. Todo uso do tonfā depende dos movimentos do Karatedō. O praticante pode socar ou golpear […], pois a projeção da madeira […] atua como uma extensão dos nós dos dedos. Com um movimento do pulso e do braço, o usuário pode inverter a tonfā para que a extremidade mais longa da haste gire para frente e acerte o oponente […]. 

As técnicas de tonfā fazem uso criterioso de ações de bloqueio e defesa. Essas ações e muitas das que envolvem o uso da tonfā podem ser comparadas ao uso do sai. 

KAMA 

A foice agrícola é usada desde que o homem cultiva arroz. Visto de várias formas diferentes em todo o sudeste da Ásia, desde os primeiros tempos serviu como uma arma eficaz em emergências. Em Okinawa, a foice é chamada de “kama” e provavelmente foi trazida para lá durante as numerosas migrações do continente asiático. 

As táticas de kama são principalmente de Okinawa, usando os princípios de postura e movimento do Karatedō. Algumas modificações tiveram que ser instituídas para que o praticante não se ferisse durante as manipulações da arma. A arma tem um cabo de madeira e uma lâmina em forma de meia-lua e de gume único. Esta lâmina afiada pode ser pontiaguda e enganchada para cortar em vez de espetar ou estocar. O kama é muito eficaz […], mas deve ser empregada próximo ao oponente. Os ataques kama incorporam ações de cortar, enganchar, retirar, golpear, bloquear, desviar ou proteger contra as ações das armas ou táticas de um inimigo. As kama são geralmente usadas em pares […]. 

NUNCHAKU 

[…] O nunchaku (é) um objeto de aparência inofensiva que se parece mais com um brinquedo do que com uma arma […]. O usuário do nunchaku pode subjugar um inimigo fazendo uso de ações de prender, técnicas de esmagamento e retenção, ataques de estocada ou batida, bem como ações defensivas de aparar, bloquear e desviar. 

O nunchaku é uma arma de madeira dura com duas peças. As peças separadas de madeira são conectadas por uma corda ou corrente. Cada peça é idêntica em forma, tendo cerca de 30 a 40 centímetros de comprimento e seção transversal quadrada, hexagonal ou octogonal. O nunchaku é usado em posições de Karatedō e os ataques são feitos durante o combate próximo ao inimigo. O nunchaku é especialmente eficaz contra os pontos fracos do corpo. Ações de apreensões dolorosas podem ser aplicadas agarrando os dedos, mão ou punho do oponente em um “aperto quebra-nozes” e fechando as extremidades abertas da arma com força. A técnica ofensiva mais potente são os golpes poderosos de alcance total, que podem gerar um tremendo poder de ataque no impacto. 

ĒKU 

O ēku ou ēku-bō (remo) é uma haste longa com uma lâmina larga em uma das pontas, usada para remar ou dirigir um barco. O remo de Okinawa é feito de madeira. O remo pode ser preso a ganchos ou travas de remo, embora seja mais comumente segurado com as mãos. 

O remo nas mãos de um praticante […] torna-se uma arma excelente, empregada mais ou menos como o […] bō, com a vantagem da ampla extremidade plana usada para bloquear, aparar, cortar e estocar. Os kata tradicionais de ēku-bō empregam “movimentos de remo” repetitivos que simbolizam seu uso em uma luta enquanto estão em um barco. O uso correto do ēku-bō é limitado a apenas um punhado dos antigos mestres tradicionais de Okinawa. […] Uma ou duas formas ortodoxas de ēku-bō existem, com a maioria dos kata atuais sendo adaptações modernas da arma para os kata de bō regulares. Nessas versões modernas, muitos dos movimentos de sutileza com a arma foram perdidos, com ênfase em ataques de poder do tipo bō. 

NUNTĪ 

O nuntī é uma arma semelhante em tamanho e desenho ao sai, exceto que uma das pontas é invertida. A arma também é às vezes chamada de manji-sai. O nuntī pode ser utilizado por um praticante […] da mesma maneira que o sai, com a vantagem adicional de capacidade de engachar, resultado do pino invertido. O desenho básico para esta arma é semelhante ao do sai com as pontas fora do centro, proporcionando uma seção de lâmina longa e outra curta. 

O nuntī-bō é basicamente um bō normal com um nuntī amarrado em uma das pontas, servindo como arpão de pescador. Deve-se notar que as técnicas de luta com o nuntī-bō diferem significativamente daquelas do bō […]. Com o nuntī-bō, o praticante […] usa muito mais movimento circular e rotação da arma em técnicas de ataque e defesa. O nuntī-bō também adiciona a capacidade de desviar, aparar, pegar e travar a arma do oponente e entrelaçar as roupas do oponente. A ênfase com as técnicas de nuntī-bō é com sutileza ao invés de poder. 

YARI-BŌ 

O yari-bō é uma arma parecida com uma lança. É usado de muitas maneiras semelhantes ao uso do bō. A vantagem adicional desta arma é sua seção de ponta laminada ou pontiaguda, que permite técnicas eficazes de golpe ou corte. Uma diferença significativa entre o bō regular e o yari-bō está em seu comprimento. Geralmente o comprimento do yari-bō é mais longo, variando de dois a três metros de comprimento. 

TEKKŌ 

[…] O tekkō (garra) é uma arma originalmente inventada pelos países asiáticos. Os tekkō geralmente são usados em pares. O tekkō pode ser feito de madeira ou metal e pode ter pequenas pontas salientes ou lâminas. O uso do tekkō emprega movimentos de corte e garra, além das técnicas normais de soco. As pontas/garras dos tekkō seriam sempre apontadas para o oponente. O tekkō é principalmente uma arma de curto alcance. 

TINBĒ RŌCHIN

O tinbē é um escudo e o rōchin é uma lança curta. O conceito do uso de escudo e lança curta ou longa é comum a quase todas as culturas lutadoras ao redor do mundo. O aspecto único associado à versão de Okinawa é que o tinbē (escudo) fazia uso da carapaça de uma tartaruga (marinha) com uma alça ou alças presas às costas para proporcionar um aperto de mão na carapaça. Outras versões faziam uso de um escudo feito de cana. Os tinbē modernos são geralmente feitos de metal ou fibra de vidro. 

O rōchin era uma haste curta de madeira com uma ponta de lança ou lâmina presa […]. Esta arte não é muito difundida mesmo em Okinawa hoje, com sua prática limitada principalmente às principais organizações Kobudō. 

KUSARI-GAMA 

O kusari-gama é basicamente uma foice agrícola, chamada kama em Okinawa, com uma corda presa na extremidade do cabo. Existem várias versões do kusari-gama, com a maior variação no comprimento do cabo e no tamanho da lâmina. Também nas versões maiores, um objeto com peso é preso na outra extremidade da corda, o que permite que a extremidade com peso seja arremessada no oponente na tentativa de enredá-lo e, então, ser capaz de finaliza-lo. No Japão, as versões maiores do kusari-gama são as mais populares, enquanto em Okinawa as versões menores são preferidas […]. 

JŌ HANBŌ

O jō ou hanbō (meio bō) eram variações de 4 e 3 shaku do bastão de bō. Eles eram frequentemente carregados pelos guardas da corte real de Okinawa, pois isso lhes dava uma excelente arma para usar em confins apertados. Uma arma muito prática com muito potencial moderno. Existe apenas um punhado de kata que vêm principalmente das tradições Taira ou da guarda da corte real. 

TANBŌ 

O tanbō ou ni-tanbō eram pequenos bastões de madeira usados com mais frequência em pares, medindo de 60 a quase 90 centímetros. As técnicas altamente eficazes, que lembram as artes filipinas, mas são mais simples, apresentam uma prática limitada, mesmo nos círculos tradicionais de Kobudō. 

KUWA 

A kuwa ou enxada de madeira é outra arma menor que não é vista com frequência, mesmo nas escolas de Kobudō mais tradicionais […]. 

LINHAGENS DO KOBUDŌ DE OKINAWA 

[…] Durante a maior parte da história do Okinawa Kobudō, seu foco foi separar as Organizações de Kobudō das organizações de Karatedō. Um dos primeiros indivíduos a combinar formalmente uma linhagem de armas tradicionais com um estilo tradicional de Karatedō foi o mestre Odo Seikichi. […] Nos últimos anos, a maioria dos principais sistemas tradicionais de Karatedō agora também incorporou um programa de treinamento formal com armas. 

As principais linhagens do Kobudō de Okinawa tradicional incluem o seguinte: 

LINHAGEM TAIRA 

Esta linhagem tem suas raízes no Taira Shinken. As armas ensinadas incluem bō, sai, manji-sai, tonfā, kama, nunchaku, tekkō e tinbē. A maioria das linhas de Shōrin-ryū, o Isshin-ryū, o Uechi-ryū e o Kobudō Japonês têm suas raízes nessa linhagem. 

LINHAGEM MATAYOSHI 

Esta linhagem tem suas raízes nos ensinamentos de Matayoshi Shinkō. As armas incluem uma gama completa de armas tradicionais de Okinawa com a adição de uma série de armas básicas chinesas. Um número significativo de praticantes de Kobudō de Okinawa remete todas ou parte de suas raízes a esta linhagem. 

LINHAGEM UHUCHIKU 

Esses ensinamentos vêm do famoso mestre Kanagusuku Sanda. Esta linhagem ensina o sai, kai (ēku), tonfā, nunchaku, kama, tekkō e bō. 

LINHAGEM ODO 

Esta é uma linhagem moderna vinda dos ensinamentos de Odo Seikichi e seu sistema Okinawa Kenpō Karatedō Kobudō. As armas ensinadas incluem bō, sai, tonfā, nunchaku, kama, tekkō, ēku, nuntī-bō, yari-bō, tinbē e rōchin […]. 

LINHAGEM MOTOBU

Esses ensinamentos vêm do falecido Uehara Seikichi e também era conhecido por seu ensino das danças folclóricas de Okinawa. As armas ensinadas incluem: katana, naginata, yari, tantō, bō, jō, tonfā, ēku e sai. 

LINHAGEM CHINEN 

Esta linhagem também conhecida como “Yamani-ryū” tem suas raízes em Chinen Sanda. O sistema era basicamente um sistema de Bō-jutsu, e os kata trabalhados são trabalhados por muitos dos praticantes de Shōrin-ryū e Gōjū-ryū atualmente. 

LINHAGEM KUNIYOSHI 

Esta linhagem também conhecida como “Honshin-ryū” tem suas raízes em Kuniyoshi Shinkichi, um famoso mestre de armas. As armas ensinadas incluem bō, sai, tonfā e kama. 

VISÃO GERAL DOS PRINCÍPIOS TÉCNICOS 

[…] Um dos princípios técnicos mais importantes envolvidos na prática do Kobudō de Okinawa é a “remoção do alvo”. Com isso queremos dizer que o defensor utiliza o posicionamento do corpo para cortar um ângulo defensivo ou ofensivo em relação ao adversário, minimizando assim sua vulnerabilidade e maximizando sua capacidade ofensiva. Para conseguir isso, o defensor deve ser capaz de ajustar sua postura e movimentos para refletir e aprimorar as capacidades técnicas exclusivas de cada arma. Um segundo princípio importante trata do “controle da linha central”. Assim como nas artes desarmadas, o indivíduo que controla efetivamente a linha central tem a maior chance de sucesso. […] (Odo Seikichi) afirma que… “não há posturas no Kobudō”. Assim, enquanto muitos artistas marciais comumente se referem ao Kobudō como… “sendo uma extensão de sua técnica de Karatedō”, deve-se reconhecer que a “extensão” não é uma técnica básica de Karatedō, mas […] “em vez disso, o aprimoramento dos princípios/conceitos subjacentes”. […] 

A diferença de postura entre o Karatedō e o Kobudō é uma distinção muito importante […]. Não se pode simplesmente tomar suas posturas e técnicas padrão do Karatedō (mãos vazias), adicionar uma arma e ter um “Kobudō funcional”. […] Ninguém nunca venceu uma luta apenas com base em suas posturas, mas muitos perderam uma luta devido a uma postura inadequada, resultando em falta de equilíbrio, força, etc. Com a prática do Kobudō, a postura se ajusta ao comprimento da arma […]. 

A prática do Kobudō de Okinawa tradicional envolve mais do que apenas executar uma série de kata (formas) […], também envolve exercícios básicos, bunkai (aplicações), desarmes, arremessos, técnicas de travamento das articulações e sparring (luta). A fim de proporcionar um nível de segurança aos praticantes, o combate com armas é realizado com equipamentos de proteção de corpo inteiro para minimizar o risco de lesões. Além disso, foram feitas modificações nas armas para promover ainda mais a segurança, como cobrir armas afiadas, como as lâminas dos kama, ou acolchoar armas de metal, como o sai. A última e tão importante parte da prática do Kobudō é aprender a se defender contra um oponente que tem uma arma quando você está desarmado. Para usar uma arma em seu máximo, bem como para ser capaz de se defender contra ela, o praticante precisa entender os pontos fortes e fracos da arma. 

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Referências

HEILMAN, Bruce. An Overview of Okinawan Kobudō. Black Belt Mama. Disponível em: <http://blackbeltmama.com/blog/2008/03/03/an-overview-of/>. Acesso em: 8 de março de 2008. 

HEILMAN, Bruce. The weapons of Okinawan Kobudō. International Karatedō KobudōFederation. Disponível em: <https://www.facebook.com/ikkf.org>. Acesso em: 6 de dezembro de 2020. 

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